O que é bom para combater a azia e o refluxo? Mitos e verdades na hora de tratar esses sintomas
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O balão gástrico, também conhecido por balão intragástrico ou tratamento endoscópico da obesidade, é uma técnica que consiste na colocação de um balão de silicone no interior do estômago, para ocupar espaço e promover a sensação de saciedade. Situação essa que leva a pessoa a comer menos e, consequentemente, perder peso.
Geralmente feita por meio de endoscopia, a inserção do balão preenchido por soro fisiológico no estômago é um procedimento rápido e que dispensa a internação. O processo demora cerca de 30 minutos e a pessoa deve repousar apenas entre duas e três horas na sala de recuperação, antes da alta.
O recurso clínico temporário é indicado para quem tem Índice de Massa Corporal (IMC) superior a 27 e como tratamento de doenças associadas à obesidade, como pressão alta ou diabetes. Por meio da técnica, é possível alcançar, em média, uma perda de 15% a 20% do peso.
O procedimento começa com a sedação do paciente, o que reduz a ansiedade e facilita o processo. O médico introduz, pela boca até o estômago, tubos flexíveis que levam uma microcâmera na ponta, pela qual consegue observar o interior do órgão. Em seguida, o balão é introduzido ainda vazio e, depois, preenchido dentro do estômago com soro e um líquido azul, necessário para indicar casos de rompimento do material, o que deixará a urina ou as fezes azuis ou esverdeadas.
Para garantir o emagrecimento e os resultados durante o tempo de uso do balão, o paciente deve seguir uma dieta orientada por um nutricionista, com poucas calorias. Também é essencial fazer um programa regular de exercícios físicos, que, assim como a dieta, precisa ser mantido depois da retirada do balão, para evitar o reganho de peso.
É valido ressaltar que a técnica pode ocasionar alguns efeitos colaterais, como náuseas, vômitos e dor na barriga, durante a primeira semana de uso, período de adaptação do organismo à presença do balão.
Comparada a outras terapias, o procedimento apresenta várias vantagens: não necessita de internação, não provoca alteração do estômago e nem do intestino e não é um método invasivo, pois ocorre sem cortes, além de ser reversível, uma vez que o balão gástrico pode ser facilmente esvaziado e removido.
Por Rafael Pasqualini de Carvalho, cirurgião e endoscopista, membro titular da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva e da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG)