O acúmulo anormal de gordura no fígado, a chamada esteatose hepática, tem como causa mais comum os distúrbios do metabolismo, que levam a um excesso de circulação de gorduras no sangue com consequente sobra de oferta de gordura para o fígado. Esses distúrbios do metabolismo incluem a obesidade, o diabetes e o pré-diabetes, doenças de alta prevalência na população. Em tal condição, a enfermidade é conhecida como esteatose hepática não alcoólica.

A gordura pode, ainda, acumular-se no fígado em decorrência de doença no próprio órgão, como algumas formas de hepatite ou de toxicidade hepática por drogas e o consumo excessivo de álcool, entre outras.

Os registros de ocorrência da esteatose hepática são altos. Estima-se que cerca de 20% a 30% da população adulta tenha algum grau de doença e, para piorar, 15% irão desenvolver um quadro mais sério de inflamação do fígado (hepatite): a esteato-hepatite.

A esteatose hepática pode ser descoberta por meio da ultrassonografia do abdômen, muitas vezes em decorrência do check-up, que indicará que algo está errado com a saúde. A ausência de sintomas facilita a sua evolução e, sem tratamento, as doenças hepáticas podem ser graves e até fatais.

A esteatose hepática é um fator importante de risco para o surgimento da cirrose hepática e do câncer do fígado, quadros que costumam provocar a insuficiência do órgão e, às vezes, a necessidade de transplante de fígado. Além disso, a esteatose hepática não alcoólica e a esteato-hepatite aumentam o risco de doenças cardiovasculares, como infarto do coração ou derrame cerebral, problemas renais e outros tipos de tumores.

Apesar das implicações que a doença traz, ela tem tratamento. O controle envolve uma série de recursos não-farmacológicos, que visam modificar o estilo de vida da pessoa, tais como uma dieta alimentar para controlar o peso e a ingestão excessiva de gorduras e carboidratos, a prática de atividade física, a reeducação alimentar, etc. Há também medicamentos que são frequentemente prescritos juntamente com as medidas de mudança do estilo de vida.

Fonte: https://www.einstein.br/noticias/noticia/06-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-esteatose