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A cápsula endoscópica, um dispositivo criado em 2000 por cientistas israelenses e ingleses, revolucionou a medicina diagnóstica do intestino delgado. Devido ao tamanho do órgão, que possui de 5 a 7 metros, e também por causa de sua anatomia, não era possível até então a realização de um estudo completo de toda sua extensão por meio de exames convencionais.
Com a técnica denominada enteroscopia por cápsula endoscópica, várias patologias puderam ser identificadas, entre as quais destacam-se: sangramentos do intestino delgado; sangramentos com causas não-detectáveis por endoscopia digestiva alta ou colonoscopia; anemias sem causas esclarecidas; doença inflamatória intestinal; investigação de diarreias crônicas; e tumores do intestino delgado.
Para o paciente, é um exame de diagnóstico simples, seguro, indolor e não invasivo, com baixos índices de complicações, e que não exige esforços além de um jejum de 8 a 12 horas.
Como funciona?
Consiste na utilização de uma pequena cápsula com uma câmara incorporada que vai captando imagens do tubo digestivo desde que é deglutida até ser expelida nas fezes. À medida que a cápsula, que tem o mesmo tamanho das vitaminas encontradas nas farmácias, progride ao longo do tubo digestivo, a câmara vai tirando centenas de fotografias que são transmitidas via wireless para o data recorder (DR), um pequeno aparelho que o paciente traz à cintura. Para recuperação das imagens, basta fazer o download do DR em um computador com o software próprio instalado.
Cada vez mais, a técnica vem se firmando como um exame de primeira linha para avaliação do intestino delgado nos casos de sangramentos. Novas pesquisas também demonstram sua importância para a identificação da doença inflamatória intestinal e outras patologias. A cápsula endoscópica segue promissora e versões próprias para avaliar todo o tubo digestivo (panendoscopia) já estão em desenvolvimento.
Por: Dr. Rafael Pasqualini de Carvalho