Estudos mapeiam riscos do sedentarismo na quarentena

Os riscos do comportamento sedentário foram tema das novas diretrizes sobre atividade física da Organização Mundial da Saúde (OMS), lançadas no final de novembro. O alerta ainda é reforçado com dados concretos de um estudo brasileiro divulgado neste mês.

Com base em um levantamento internacional, pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) concluíram que a redução no nível de atividade física observada nos primeiros meses de quarentena pode gerar milhões de novos casos de Diabetes tipo 2 e de mortes em todo o mundo. Nessa mesma linha, outros estudos também demonstraram que o confinamento reduziu consideravelmente a prática de exercícios, o que aumentou o comportamento sedentário e piorou a qualidade da alimentação.

O trabalho que serviu de base para os pesquisadores da Unesp foi realizado on-line por um grupo de 35 instituições científicas de vários continentes. Os resultados preliminares mostram que, nos primeiros meses de confinamento, na tentativa de evitar a disseminação do novo coronavírus (Sars-Cov-2), houve redução de 35% no nível de atividade física.

Também foi registrado aumento de 28,6% nos comportamentos sedentários, como passar mais tempo sentado e deitado, e maior ingestão de alimentos não saudáveis. Estudos anteriores já mostravam que a inatividade física foi responsável por cerca de 33 milhões de casos de Diabetes tipo 2, em 2019, e 5,3 milhões de mortes, em 2018.

A partir dessas informações, a equipe da Unesp calculou que, atualmente, 57,3% das pessoas acima de 40 anos e 57,7% daquelas com risco de Diabetes não atendem à quantidade mínima de atividade física recomendada pela OMS. As novas diretrizes orientam a prática de 150 a 300 minutos por semana, de forma moderada, ou de 75 a 150 minutos, em alta intensidade.

 

Fonte: HZM – Instituto de Ensino e Pesquisa.