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Atualmente existem inúmeros métodos endoscópicos para o tratamento da obesidade fora do país. Alguns já são realidade no Brasil.
Há muitos anos a endoscopia deixou de ter papel puramente diagnóstico e passou a participar ativamente no tratamento dos pacientes operados, mesmo como terapia primária para tratamento de tumores, obesidade e outras doenças.
A obesidade é uma doença crônica, incurável e multifatorial. O trato gastrointestinal está envolvido na regulação do balanço energético de várias maneiras e atualmente existe um grande número de pesquisas associando métodos endoscópicos tanto no tratamento da obesidade como em doenças metabólicas como o diabetes tipo 2.
Inúmeras entidades, entre elas a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Instituto Nacional para Saúde e Excelência Clínica (NICE), têm documentado que a perda de peso reduz muitos dos fatores de risco para a morte e doenças associadas à obesidade.
O primeiro passo na perda de peso, segundo protocolos baseados em evidências, deve ser uma dieta de restrição calórica, atividade física e mudança nos hábitos de vida. Mesmo quando motivados, alguns pacientes que buscam de forma séria esta mudança de vida e não conseguem ter resultado, casos em que a farmacoterapia é indicada. A utilização de drogas só deve ser imposta em conjunto com programas de mudança de hábitos de vida.
Porém, existe um grupo de pacientes que se encontram numa faixa intermediária: são os que não respondem à terapêutica habitual e que ainda não tem indicação cirúrgica. Há ainda um número de pacientes que se recusam a serem submetidos à cirurgia por considerarem que é um procedimento muito agressivo ou ainda por medo de suas complicações. Para esses pacientes, o tratamento endoscópico da obesidade se torna a melhor opção de tratamento. Muitas vezes, o contato com a equipe multidisciplinar durante o tratamento e a desmistificação da cirurgia bariátrica tornam o tratamento endoscópico como um elo de confiança que leva o paciente no futuro a optar pela cirurgia quando necessária.
O mesmo ocorre para pacientes com obesidade mórbida quando são considerados candidatos pobres para a cirurgia eletiva, ou para aqueles com IMC ≥ 50kg/m2 que necessitam perder peso para diminuir o risco anestésico e das complicações cirúrgicas. O valor mínimo preconizado de perda de peso para essa condição é de 10 a 15% do peso inicial. Alguns estudos demonstram que essa redução é capaz de levar à uma diminuição do tamanho do volume hepático e da gordura visceral facilitando o procedimento cirúrgico.
Portanto, a terapêutica endoscópica, atualmente chamada de endoscopia bariátrica, tem um papel importante tanto como tratamento da obesidade, como terapia coadjuvante ao tratamento clínico, e ainda como um meio de evitar complicações cirúrgicas.
Os procedimentos para tratamento endoscópico da Obesidade disponíveis hoje no Brasil são: balão intragástrico, incluindo o balão de 12 meses, Gastroplastia Endoscópica e Plasma de Argônio para tratamento do reganho de peso pós cirurgia bariátrica. Todos esses procedimentos estão descritos em nosso site.
O primeiro passo para quem procura por tratamentos endoscópicos é a avaliação de um médico especialista e habilitado para realização dos mesmos.
Fonte: Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.